sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Atirador que baleou três na região central de São Paulo se entrega

SÃO PAULO - Depois de atirar em três pessoas na região da Aclimação, no centro de São Paulo, e ficar mais de 8 horas cercado pela polícia, Fernando Gouveia, de 32 anos, se entregou na tarde desta quinta-feira (18). Gouveia, portador de distúrbios psiquiátricos, baleou um oficial de justiça que tentou cumprir uma ordem de interdição, o enfermeiro que o acompanhava e uma psicóloga. O atirador iria passar por uma avaliação e depois seria levado para um hospital psiquiátrico em Itapira, no interior do Estado. Ele - que tem ferimentos na cabeça e nos braços - será levado para um hospital da região.

A polícia negociava a rendição de Gouveia desde 8h30. Inicialmente, as equipes mantinham contato com Gouveia por telefone. No período da tarde, a negociação passou a ser visual. Por volta das 16h50, a polícia entrou no sobrado onde o atirador mora na Rua Castro Alves. O Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) participou da negociação.

A polícia foi acionada e, ao chegar no local, encontrou o oficial de justiça Marcelo Ribeiro de Barros, de 49 anos, uma psicóloga, de 45, e um enfermeiro, de 37, caídos no chão. Os feridos foram socorridos e encaminhados ao Pronto Socorro do Hospital do Servidor Público Municipal. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, eles estão em estado estável.

As vítimas foram baleadas no corredor de acesso ao imóvel e correram para fora depois dos disparos. Gouveia teria baleado as vítimas com uma pistola 9 milímetros, atingindo o enfermeiro no rosto. O oficial levou um tiro no peito e a psicóloga foi alvejada de raspão no ombro.

De acordo com a mãe do suspeito, que acompanhou as negociações no local, o filho tem problemas psiquiátricos e mantinha armas em casa.

A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) informou que o oficial trabalha no Fórum João Mendes Júnior e estava cumprindo um mandado. Não foram fornecidos detalhes do processo, por se tratar de ação que corre na Vara de Família, em segredo de Justiça. O TJ-SP informou que secretários da Secretaria da Presidência e da Secretaria da Saúde do tribunal estão acompanhando a situação do servidor.

D.F.

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