
Os 82 candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa no TRE/RN representam menos de 1% do total de 8.771 candidaturas registradas no estado. Os candidatos que tiveram o registro de candidaturas indeferido com recurso e aguardam decisão do TSE vão aparecer nas urnas e poderão ser votados no dia das eleições, mas a quantidade de votos destinada a eles só será divulgada após o TSE julgar os processos.
Já os políticos que tiveram os registros deferidos com recursos terão o total de votos divulgado, mas caso o TSE decida pela cassação do registro de algum candidato e o mesmo tenha sido eleito e diplomado, achapa poderá perder o mandato a qualquer momento. Mesmo tendo recorrido ao TSE, o candidato a prefeito de Currais Novos pelo PR, José Lins, renunciou à disputa na última sexta-feira.
Ficha Limpa
Apesar de ter sido aprovada em setembro de 2009, a Lei da Ficha Limpa começa a valer mesmo nessas eleições porque entrou em vigor somente em fevereiro deste ano, quando a maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a declarou constitucional. O objetivo do projeto de lei de iniciativa popular era alterar a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, chamada Lei das Inelegibilidades.
A iniciativa popular é um instrumento previsto na Constituição Federal que permite que um projeto de lei seja apresentado ao Congresso Nacional desde que apresente assinaturas de 1% de todos os eleitores do Brasil. A campanha foi lançada em abril de 2008 pela sociedade brasileira com a intenção de melhorar o perfil dos candidatos a cargos eletivos. Em pouco mais de um ano foram coletadas em todo país mais de 1,3 milhão de assinaturas.
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