sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Polícia encontra ossada humana dentro de carro queimado e enterrado em Vera Cruz



Agentes das polícias Civil e Federal encontraram, na manhã desta quinta-feira (27), uma ossada humana dentro de um carro carbonizado e enterrado, na fazenda do presidente da Câmara Municipal de Vera Cruz, vereador Cleonaldo Joaquim Oliveira, que foi sido preso pela Polícia Civil, acusado de porte ilegal de armas, receptação e homicídio, no dia 27 de junho deste ano. O esqueleto estava sem o crânio e o veículo seria um Kadett com placas de Canguaretama.
Os policiais ainda não identificaram a vítima. As informações foram repassadas pela assessoria de comunicação da Secretaria Estadual de Segurança Publica e Defesa Social e confirmadas pelo Ministério Público Estadual. A fazenda do vereador Cleonaldo Joaquim Oliveira, de nome Euzébio, fica distante cerca de 10 km da área urbana da cidade de Vera Cruz e está abandonada, com uma casa ocupada apenas por galinhas.
A ação atendeu uma determinação de busca e apreensão expedidas pela Justiça Estadual. O vereador Cleonaldo Joaquim Oliveira, além de responder criminalmente por porte ilegal de arma e receptação de produtos roubados, também é acusado de ter matado a tiros Erival Lopes da Silva, de 37 anos, no dia 26 de junho passado, um dia antes da prisão. O vereador continua preso.

A investigação tem à frente o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), coordenado pela promotora de Justiça Patrícia Antunes. O carro queimado com o corpo dentro foi encontrado graças a um localizador de GPS, que o veículo tinha instalado. Os policiais contaram com o apoio de peritos do Instituto Técnico-Científico de Policia do RN (ITEP) e procuraram outros corpos na fazenda do vereador.
Vingança?
A ossada encontrada pode ser de um sem-terra supostamente envolvido no assassinato do pai de Cleonaldo (identificado como Joaquim Moisés), ocorrido há dois anos. Segundo depoimentos de moradores do local, haveria quatro envolvidos na morte de Joaquim e todos desapareceram logo após o crime.
“Todo mundo aqui sabe que esse rapaz que morreu estaria envolvido na morte do pai de Cleonaldo, que era o dono da fazenda e emprestava dinheiro a juros. Mataram ele pra roubar. Como Joaquim Moisés conseguiu balear um dos assassinos antes de morrer, Cleonaldo foi atrás e descobriu um por um. Todos desapareceram”, diz um morador da região. O sem-terra seria de Macaíba.
DF

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